BRAVA GENTE BRASILEIRA

por Walter Falceta * jornalista Vincenzo Falzetti em seu uniforme do antigo Desinfectório Central  paulista Meu bisavô Vincenzo Falceta  [Vincenzo Falzetti] viveu de 1864 a 1929. Nasceu na simpática comuna de Carolei, na Calábria, e morreu em São Paulo. Em 65 anos, viu mudanças muito mais dramáticas do que aquelas vistas por meu avô, meu pai, por mim e por meus filhos. Para começar, a noite… A noite da época era um breu, impenetrável, assustadora e imobilizante, mesmo onde o óleo e o gás acendiam lampiões. No sul da Itália, depois que o sol descia sobre o Mar Tirreno, o lobo sorrateiro e feroz mantinha todos em casa. Nonno Vincenzo aventurou-se ludicamente por florestas altas dos Apeninos calabreses, ouviu sobre a rebeldia dos brutti , aprendeu sobre a saga de Spartaco, assistiu a muitas missas e experimentou o preconceito de quem considerava os meridionais como inferiores. Vale dizer que a unificação do país somente se completaria em 1870, com a conquista de Roma. Meu trisavô Michell

A Internet possibilitou a democratização da pesquisa genealógica. A investigação que antes era cara devido a deslocamentos e poderia levar anos — e, para os comuns, só feita em feriados ou nas férias — está disponível nos arquivos digitalizados, nas horinhas de folga. E ao não ser que você seja um pesquisador avançado e faça uma ou outra assinatura, tudo é feito ao custo já orçamentado da sua banda larga mensal. Foi essa democratização que multiplicou os pesquisadores de genealogia em todo o mundo e que ampliou a troca de informações em comum. Assim, o que antigamente era privilégio de gente nobre ou no mínimo endinheirada, hoje está à disposição do cidadão comum, desde que interessado. Para começar sua pesquisa não é necessário grande investimento, a não ser algumas horas por semana e muita persistência. Preservar a história da família e montar a árvore genealógica são um trabalho de amor para as gerações futuras. Experimente você também. Conte conosco. Para aprender a pesquisar