Saiba como se chamam os descendentes de japoneses

O Brasil é o país com a maior população japonesa fora do Japão, a maioria dela concentrada nos estados de São Paulo e Paraná. 

Aprenda como se chamam os descendentes de japoneses. 

E, por gentileza,  nunca mais repita aquela piada do "tio do pavê": nissei, sansei e 'não sei'. 

Além de infame,  é  desrespeitosa com os quase 1,7  milhão de brasileiros nipo-descendentes. 

  • filhos de japoneses  →  nissei
  • netos de japoneses → sansei
  • bisnetos de japoneses → yonsei     
  • trinetos de japoneses → gossei
  • tetranetos de japoneses → rokussei
  • descendente de japoneses em geral → nikkei 

Se tiver dificuldade em decorar, pode usar nikkei, pois se refere a todos os descendentes de japoneses, independente de geração.

A última leva de imigrantes japoneses chegou ao Brasil em 1973,  com a vinda do último navio de imigração Nippon Maru, após centenas de viagens tendo a primeira se iniciado em 1908, com o Kasato Maru.  

Aí começou a  operação inversa. Na metade da década de 1980, os brasileiros nikkei   se  mudaram  para o Japão em busca de trabalho, na rota  inversa de seus ancestrais  e lá estabeleceram residência  como  dekasseguis.

O termo dekassegui em japonês é formado por dois ideogramas (kanji), deru  [  sair]  e kassegu   
[ (稼ぐ    trabalhar para ganhar a vida]  sendo aplicado a qualquer pessoa que deixa sua terra natal para laborar temporariamente em outra região.

No Japão, originalmente, o termo  dekassegui [(出稼] referia-se aos próprios japoneses que saindo de Hokkaido no frio do inverno (ao norte do arquipélago) iam trabalhar em Tokio ou Osaka. Depois se estendeu aos nipo-brasileiros e nipo-peruanos que foram ganhar a vida no Japão. 

Os países que mais receberam imigrantes japoneses são os seguintes, nesta ordem:

  1. Brasil
  2. Estados Unidos
  3. Filipinas
  4. Reino Unido
  5. Peru
  6. Canadá  

 Hoje, apenas 3,6 milhões de japoneses e nipo descendentes vivem fora do Japão, sendo o Brasil o que conta com o maior grupo de nikkei.  

A família Murata, no final dos anos 1950, e, São Paulo

 

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